CORREDOR DO LOBITO

A reativação do Corredor do Lobito, uma das principais “bandeiras” do Executivo angolano, almeja reforçar a integração regional e materializar os compromissos da sub-região, ambicionando também fazer futuramente a interligação Atlântico-Índico, com a conexão da via-férrea ao Porto de Dar-es-Salaam, na Tanzânia.

O Corredor do Lobito já beneficiou de obras de requalificação em mais de 2 mil milhões de dólares, e que estiveram a cargo do erário público angolano.

Existe um enorme potencial nesta reativação do corredor, pois irá permitir o desenvolvimento de setores ao longo de toda a linha, incluindo a indústria pesada, a agricultura e a mineração, criando empregos e novas oportunidades.

FICHA TÉCNICA:

Nome da Obra: Corredor do Lobito

Localização da Obra: A linha ferroviária do Corredor do Lobito passa a escassos 5 km do perímetro das minas de Kamoa-Kakula e atravessa a denominada Western Foreland para futura exploração mineira. O percurso ferroviário até ao porto do Lobito é de 1.739 km.

Descrição do que é e do que se pretende atingir: O consórcio que foi estabelecido para a concessão de serviços ferroviários e apoio ao corredor de Lobito, representa uma rota fundamental para a ligação das minas na República Democrática do Congo (RDC) ao porto de Lobito, em Angola, e aos mercados internacionais.

Este consórcio ficará responsável pela exploração, gestão e manutenção da infraestrutura ferroviária, destinada ao transporte de mercadorias, minerais, líquidos e gases para o corredor que liga o porto de Lobito a Luau (leste de Angola).

Existem investimentos adicionais ao longo do percurso férreo Lobito – Benguela – Luau, incluindo, por um lado, a integração da via-férrea contígua do outro lado da fronteira, na RDC, e, por outro, a construção de um ramal para a República da Zâmbia.

Recentemente foi celebrado um acordo entre a União Europeia, os Estados Unidos, a RDC, a Zâmbia, Angola, o Banco Africano de Desenvolvimento e a Corporação Financeira Africana que surge no seguimento da cimeira do G20 que decorreu em Nova Deli. Este acordo define as principais linhas de colaboração entre as diferentes partes e estabelece o papel e o objetivo do desenvolvimento do Corredor do Lobito, prevendo uma cooperação prioritária em três áreas: investimentos em infraestruturas de transportes, medidas para facilitar o comércio, o desenvolvimento económico e o tráfego, e apoio aos setores relacionados para aumentar o crescimento económico sustentável e inclusivo e investimentos nos três países africanos em causa.

Custo da obra: contrato de concessão e exploração no valor de 450 milhões de dólares. A concessão foi estabelecida por um período de 30 anos, prorrogável até 50 anos.

Exploração: Consórcio integrado pela Mota-Engil, Trafigura e Vecturis.

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